terça-feira, 11 de janeiro de 2011

FILMES QUE TODOS PRECISAM VER 2 - Tubarão (1975)



Depois dele, os banhos na praia nunca mais foram os mesmos"

O melhor filme de Spielberg. Ponto.

"Tubarão" pode ser considerada a obra-chave para compreendermos a carreira de Steven Spielberg. Em 1975, Spielberg ainda não passava de um cineasta promissor com dois filmes bons no currículo ("Encurralado", sua estréia no cinema, originalmente feito para a TV, e "Louca Escapada", 1971 e 1974, respectivamente). Porém, veio "Tubarão" e apresentou ao mundo aquele que viria a se tornar um dos maiores artesãos do cinema em todos os tempos. Apesar da recepção silenciosa num primeiro momento, bastou "Tubarão" atingir o público jovem, no verão de 75, para Spielberg entrar para história.

Além de inaugurar o termo blockbuster, que nada mais é do que o filme destinado ao público jovem, geralmente sem cérebro algum ou história coerente, mas com muitos efeitos especiais e cenas rápidas e, de preferência, com bastante ação, Spielberg dirigiu o filme mais visto na história do cinema, com 62 milhões de espectadores. Posto isso, o leitor mais atento pode desconfiar da idoniedade desta crítica, afinal, no começo deste parágrafo é destacado que blockbusters geralmente não possuem um roteiro coerente, sendo filmes feitos na medida para o divertimento das platéias juvenis. Mas, para toda regra há exceção.

Nada é vago em "Tubarão". Spielberg conta uma história por trás dos ataques do tubarão e mostra que a crise familiar iria se tornar um tema recorrente em seu projeto de cinema. Em 1975, o realizador Steven Spielberg levou ao ecrã a novela campeã de vendas de Peter Benchley, e fê-lo com uma incrível intensidade e um angustiante suspense. "Tubarão", marcou para sempre os espectadores de todo o mundo, aterrorizando apenas com estas palavras: "Não entre na água". Uma vez instalado o pânico, Roy Scheider, Richard Dreyfuss e Robert Shaw unem esforços na luta desesperada para acabar com as quase três toneladas do terrível assassino branco de oito metros.

Mesmo tendo como base a odisséia de um xerife, um ictiologista e um veterano pescador, "Tubarão" dissemina uma subtrama interessante. O personagem de Roy Scheider, o mais estudado dentre o trio de protagonistas principais, marca o início de um estudo bem pessoal da carreira de Spielberg. O xerife Martin Brody (Scheider) passa por maus bocados dentro de casa e isso serve como um bom pano de fundo para a história principal. Spielberg não perde o foco da narrativa e segura as duas horas de duração facilmente. O filme te prende do início ao fim de forma magistral. Queria poder ter visto esse filme no cinema.

Assim como todo o trabalho, a trilha de "Tubarão" entrou para a história. Com apenas duas notas, o mestre John Williams compôs o acorde mais fantástico do cinema (obviamente inspirado no clássico "Psicose", de Alfred Hitchcock. E foi assim, com um boneco mecânico e com uma edição impecável, que o cinema se rendeu ao talento de Steven Spielberg. Mesmo após as três continuações deploráveis que o longa recebeu (o que pode ter confundido a cabeça do público mais desinformado), "Tubarão" ainda é e sempre será um clássico.


Ah; e uma dica: assista esse filme à noite (de tarde jamais) e com o som original (legendado), pra não perder o clima.


Um comentário:

  1. boa tarde!
    Tubarão é um super classico!
    Amigo, vi um comentario seu em outro lugar dizendo que tem um Maverick Quadrijet de fabrica. é mesmo? entre em contato, vamos conversar mais.
    Abraço!

    Juninho Fonseca
    mavericknahistoria.blogspot.com
    juninho8fonseca@gmail.com

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